ARQUEOLOGIA

  A atividade arqueológica, embora possua normativas próprias, está intimamente relacionada à espeleologia, pois muitos sítios arqueológicos se encontram em cavidades naturais. Essa interrelação exige metodologias integradas e normas específicas para garantir a preservação do patrimônio cultural. O contexto é ainda mais relevante em regiões de interesse mineral, como a Serra dos Carajás, onde mineração e arqueologia frequentemente coexistem. Nesse cenário, a compatibilização entre desenvolvimento econômico e conservação ambiental torna-se essencial para evitar impactos irreversíveis. Assim, arqueologia e espeleologia atuam como áreas complementares, com práticas que se reforçam mutuamente.

      A legislação brasileira, por meio da Constituição de 1988, da Lei nº 3.924/1961 e da Resolução CONAMA nº 01/1986, reconhece os sítios arqueológicos como bens da União, protegidos de forma inalienável e imprescritível. Complementando esse arcabouço, normativas do IPHAN vinculam pesquisas arqueológicas ao licenciamento ambiental, ampliando também a proteção ao patrimônio imaterial. Essas medidas asseguram que intervenções em áreas arqueológicas ocorram de forma responsável e planejada, evitando a destruição de bens culturais. Além disso, reforçam o papel do Estado como guardião da memória nacional e ampliam a responsabilidade de empresas que atuam em setores extrativos. Dessa forma, o arcabouço legal equilibra exploração mineral e conservação cultural.

        A FCCM adota metodologias modernas em seus trabalhos arqueológicos, como o uso de modelos preditivos geoespaciais para identificar áreas de potencial arqueológico. Essas técnicas orientam prospecções de campo, análises topográficas, poços-teste e tratamento laboratorial dos materiais coletados. Sua infraestrutura é um diferencial, com laboratórios amplos, equipados e uma Reserva Técnica própria para conservação adequada dos artefatos. vigentes. A instituição dispõe de equipe multidisciplinar que assegura a qualidade técnica e científica dos estudos, em conformidade com as normas vigentes.

        Com atuação contínua desde 2008 na região de Carajás, a FCCM acumula experiência em projetos de salvamento arqueológico, gestão do patrimônio e estudos de impacto em áreas minerárias. Sua prática inclui trabalhos em cavidades naturais, ações de sondagem e apoio a projetos de infraestrutura. No campo da Educação Patrimonial, promove programas educativos junto a comunidades locais, com oficinas, exposições e rodas de conversa. Também desenvolve materiais didáticos que fortalecem o direito à memória e valorizam as culturas regionais. Essa atuação participativa assegura integração com escolas, associações e públicos estratégicos, além de atender às exigências do licenciamento ambiental.

Texto sobre a importância da arqueologia na preservação cultural e sustentabilidade na Amazônia, com imagens de atividades de escavação e pesquisa arqueológica ao ar livre.

Destaques da Nossa Atuação

Infraestrutura diferenciada – Laboratórios amplos, bem equipados e com Reserva Técnica própria no Norte do país.

Equipe multidisciplinar – arqueólogos, técnicos de campo, laboratoristas e especialistas com décadas de experiência.

Arqueologia e Espeleologia integradas – sítios arqueológicos muitas vezes compartilham o mesmo espaço físico de cavidades naturais.

Bens da União – sítios arqueológicos são inalienáveis e imprescritíveis, só podendo ser pesquisados com autorização do IPHAN.

Educação Patrimonial – programas que contextualizam os achados junto às comunidades, valorizando referências culturais locais.

Experiência consolidada – projetos em Carajás desde 2008, incluindo salvamento arqueológico, gestão patrimonial e avaliação de impactos.

Base legal sólida – Constituição Federal de 1988, Lei nº 3.924/1961 e Resolução CONAMA nº 01/1986 garantem proteção aos sítios arqueológicos.

Metodologia inovadora – FCCM aplica modelos preditivos geoespaciais para identificar áreas de potencial arqueológico.

Equipe de Campo de Arqueologia

Equipe de Arqueologia da Fundação Casa da Cultura de Marabá, sob coordenação do arqueólogo Marlon Prado, realizam atividade de prospecção e salvamento de sítios arqueológicos em cavernas naturais em Serra Sul, Canaã dos Carajás e áreas a céu aberto. A ação integra os estudos ambientais necessários ao processo de licenciamento ambiental de empreendimento minerário, contemplando levantamento arqueológico e registro das características dos artefatos arqueológicos identificados.

A dedicação e o profissionalismo da equipe refletem o compromisso com a ciência, a preservação ambiental e a segurança técnica em cada etapa do processo.